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No dia 31 de Maio de 2009, o Air Bus A-330 (matrículas F-GZCP) operado pela companhia francesa Air France decolou do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão, às 19h20min (local), com destino ao Aeroporto de Paris – Charles de Gaulle, onde deveria chegar às 10h31min (local).
O voo 447 terminou, tragicamente, nas águas do Atlântico.
228 pessoas morreram (216 passageiros e 12 tripulantes).
O último contato humano com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros, quando já se contavam 3 horas e 06 minutos após o início do voo, portanto, “tarde da noite”, quando o avião se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros, cruzando o Oceano Atlântico em rota na direção da costa senegalesa, na África Ocidental.
Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System ou Sistema Dirigido de Comunicação e Informação da Aeronave) foram enviadas pelo avião, indicando problemas elétricos e de perda da pressurização da cabine da aeronave, sem que houvesse outras indicações de problemas.
ACARS são como “SMS”, mensagens que o próprio avião manda, automaticamente (independe da vontade ou ação dos pilotos) para sua base em terra informando sobre dados e ou problemas relevantes em voo.
Por isso, quando acontece alguma anomalia ou problema técnico em voo, após o pouso do avião, o staff de manutenção já sabe do que se trata e está preparado para eventuais correções técnicas.
A audição da caixa preta da aeronave revela que os pilotos se desorientaram espacialmente diante das falhas decorrentes do congelamento do tubo de pitot.
Fontes sem confirmação de fatos exploraram os acontecimentos alegando que os pilotos deixaram de dormir na noite anterior ao voo para aproveitar a noite carioca com as namoradas, estando o capitão acompanhado de uma suposta amante, Veronic.
Essas especulações foram publicadas pela revista virtual britânica Vanity Fair.
Os fatos narrados por ela não têm apoio no Relatório oficial do BEA (abaixo). Os peritos mencionam que havia uma “preocupação” com “cansaço” na cabine. Apenas isso.
Especulou-se que era estranho o capitão de pressa para deixar a cabine no seu horário de descanso, ao saber da aproximação de uma grande tempestade no radar.
A leitura daquele relatório aponta para algumas causas do acidente.
Um dos fatores contribuintes foi a deficiência de treinamento dos pilotos, incapazes que foram de identificar a perda de sustentação da aeronave e controlar a sua navegação.
É fato que, diante da morte, teriam proferido palavrões na cabine.